20 de maio de 2010

A História dos Cuidados Paliativos




Sempre existiu uma tradição de assistência aos doentes moribundos, com raízes muito antigas, tal como se pode verificar em documentos e textos publicados no passado.

Já na Idade Média e, com as peregrinações dos cristãos aos lugares sagrados, as pessoas deslocavam-se longas distâncias, sentindo-se cansadas, adoecendo, passando fome, sendo maltratadas e assaltadas. Eram então recolhidos numas casas denominadas hospices (que significa abrigo, refúgio, protecção), fundadas e dirigidas por religiosos cristãos no século IV. Aí os viajantes ficavam o tempo suficiente para recuperar e, só então, reiniciavam a caminhada.


Até o século XVIII, o hospital era uma instituição de assistência aos pobres, administrada por religiosos, mas com poucas semelhanças com a actual medicina hospitalar. Com a introdução de mecanismos disciplinares e de procedimentos de acção nestes espaços, foi possível torná-los instrumentos e meios terapêuticos para os doentes.


Já no século XX, particularmente após a Segunda Guerra Mundial, houve um grande avanço científico nos campos médico-cirúrgico, farmacêutico e na tecnologia de diagnóstico e apoio, ao qual se aliou, o exercer medicina progressivamente de forma mais impessoal.


O esforço para prolongar a vida por meios artificiais tornou-se uma obsessão científica, e a mente e espírito do ser humano foi ignorada, dando-se maior importância ao corpo. Na avaliação dos resultados terapêuticos de doenças crónicas e fatais, passou-se a valorizar o ‘sobreviver’ mais do que o ‘viver’, isto é, a qualidade de vida.

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